sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Através do Trabalho Interdisciplinar Dirigido II – TID II, conhecemos a organização Axé que trabalha com crianças e jovens em situação de rua (que passam todo o dia na rua ou vivem nela). Visitamos sua sede e falamos com um dos seus responsáveis o Assessor de Coordenação de Formação do Projeto Caubi Nova que nos explica a filosofia e a forma de trabalho da organização.
No que se diferencia o Axé de outras organizações que trabalham com crianças? O Axé foi pioneiro em dar atenção a crianças e adolescentes em situação de rua com uma proposta pedagógica, porque até então muita gente lhes atendia porém de uma maneira assistencialista, o Axé chega às ruas com uma nova visão de como trabalhar a educação destas crianças e adolescentes, enfocando na motivação para que elas mesmas se interessem em participar. O Axé tinha muito claro que não estava criando um programa assistencial a mais e sim um projeto com uma duração temporária que não deveria se perpetuar. Trabalhando de forma a conscientizar os jovens e crianças das situações anti-sociais em que vivem, com diálogos e conselhos.
Tendo uma metodologia baseada nos fundamentos ideológicos do educador Paulo Freire, contendo educação, pedagogia, artesanato, dança, capoeira e outros, num mesmo ambiente social que é a própria cidade soteropolitana.
O Axé pensa a Pedagogia como, múltiplas vozes, múltiplos saberes, um mundo onde caibam muitos mundos. O foco da educação não é a criança, o adolescente ou o jovem, e sim o contexto em que os mesmos se inserem. Sendo sujeitos de processos sociais.
Para chegar a tudo isso não foi nada fácil, superar as fraquezas, dificuldades, contra tempos, deixar as diferenças de lado, mas acima de tudo os valores éticos falam mais altos e nos confidenciamos medos, desejos, a vontade de vencer não deixou que desistíssemos. Voltar atrás não dava mais tempo, então seguimos adiante dia-a-dia conquistando sempre um pedaço do caminho da vida.
Enfim, com o resultado conseguido de muito esforço, podemos assegurar que o Trabalho Interdisciplinar Dirigido II, é a realização de um grupo preocupado com a sociedade e sua aproximação dos verdadeiros valores em atuar de forma correta e competente.


terça-feira, 10 de novembro de 2009

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Quem somos



O Projeto Axé foi criado em 1990 pelo ítalo-brasileiro Cesare de Florio La Rocca.

É uma organização não governamental (ONG) que atua em Salvador no resgate de crianças, adolescentes e jovens que vivem na periferia ou em situação de risco.


V
isa dar uma formação profissional permitindo a inclusão social através da arte-educação.


A
metodologia do Projeto é baseada nos fundamentos ideológicos do educador Paulo Freire, contendo educação pedagógica, artesanato, dança (balé clássico, dança indígena, dança africana), capoeira, pintura, música (aprendem a tocar sax, pistom ou participar do coral) e o ambiente social que é a própria cidade soteropolitana.


A
tualmente na ONG participam o total de 1.100 meninos e jovens, entre idades de quatro a 11 anos. Os que possuem idades de 18 e 19 anos, estão se estruturando para deixar o projeto. Também há outros com idades de 23 e 24 anos que permanecem no Axé, devido a profissionalização em dança e música, dando continuidade ao que iniciaram.


A
arte-educação é a ferramenta utilizada para inclusão social do público-alvo atendido.O responsável é o assessor da coordenação de formação, Caubi Nova.

O projeto não adotou o perfil assistencialista, não faz caridade. Trabalha de forma a conscientizar os jovens e crianças das situações anti-sociais em que vivem, com diálogos e conselhos, deixando partir destes, o interesse de se integrar à instituição. Esse processo de “sedução” é feito nas ruas, local principal onde essas crianças e jovens fazem a moradia.

O Projeto Axé intenciona estimular a arte e a educação aos meninos e meninas pertencentes a uma maioria excluída, dando-lhes acesso ás diversas linguagens artísticas que possibilita aos agregados da instituição a pensarem nos próprios projetos de vida para o futuro. É a alavanca para o progresso de cada um. A intenção é educar através de manifestações culturais, dando-lhes oportunidades de retorno imediato a inclusão social.

Axé Buzu - ônibus adaptado com biblioteca, equipamentos de som, televisão, vídeo e espaço para apresentações de atividades lúdico-pedagógicas.


O veículo foi inaugurado em 22 de dezembro de 1998, para auxiliar as ações dos educadores no resgate de crianças e adolescentes em situação de risco e exclusão social.

No interior do Axé Buzu, a criança e o adolescente têm a oportunidade de desenvolver várias atividades que contribuem para sua inclusão na sociedade, resgate da cidadania, além de transportar sonhos, novos projetos e um futuro, para a VIDA.

Curiosidade:


Poder de orixá + palavra sagrada = A
Axé, palavra yorubá que significa:
A – nós
Xé - realizar.
Poder de realização através da força da natureza, energia vital (da água, terra, ar e do fogo) junto à crença nos Orixás e Ancestrais. Quando se deseja axé a alguém, pretende-se que tal pessoa seja “abençoada” pelas forças místicas dos orixás.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Alfabetização e Informatização

“… informática simplesmente estará completamente imersa nas ciências todas, como leitura e escrita estão. e todas as ciências serão da computação…”

Nunca tinha pensado nisso… ha vinte anos a luta era fazer com que as pessoas conseguissem escrever seus próprios nomes; hoje em dia a luta (aqui no Brasil) é fazer com que as pessoas entendam textos com mais de 5 palavras… amanha o desafio vai ser fazer as pessoas entenderem a diferença entre e-mail e site, entre blog e portal.

O fato é que para garimpar informação na internet, para separar o joio do trigo, a gente precisa de paciência, esforço e atenção. E, acima de tudo, uma capacidade de avaliar a confiabilidade das fontes dessa informação que não é ensinada em nossas escolas. Essa é a verdadeira alfabetização para os nossos tempos hi-tech.

Na década de 50, a UNESCO definia como analfabeto alguém que não consegue ler ou escrever algo simples. Vinte anos depois, surgiu o conceito de analfabeto funcional. Uma pessoa que sabe ler e escrever frases simples, mas que não possui as habilidades necessárias para satisfazer as demandas do seu dia-a-dia e se desenvolver pessoal e profissionalmente. Resumindo: alguém que não consegue entender direito o que lê.

Arrisco aqui uma definição: analfabeto digital é aquele que não consegue entender o valor daquilo que aparece debaixo do cursor do seu mouse. Você pode propor uma definição melhor do que essa?